Menino de 9 anos é a primeira criança com varíola dos macacos - Goiás

Foto/Divulgação

Goiás
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Secretaria Municipal de Saúde de Luziânia afirma que o menino está sendo monitorado e passa bem. Em Goiás, 121 casos da doença já foram confirmados e 286 permanecem suspeitos.

O primeiro caso confirmado de varíola dos macacos em crianças em Goiás foi registrado em um menino de 9 anos que mora em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da cidade, o Miguel Biffe Rodrigues dos Santos está sendo monitorado e passa bem.

O caso foi confirmado na terça-feira (16), segundo o informe da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). No entanto, a mãe de Miguel, Sabrina Biffe Rodrigues dos Santos, explica que os sintomas começaram no início do mês de agosto. Segundo ela, inicialmente ele apresentou febre e só depois vieram as feridas.

"Primeiro começou com dor de garganta e febre, aí eu fiquei preocupada. No outro dia vieram as bolhas e eu já levei ele na UPA", explicou Sabrina.

Agora Miguel mostra que as feridas que apareceram pelo corpo estão praticamente cicatrizadas.

Segundo o secretário municipal de Saúde de Luziânia, Gonçalo Henrique de Sousa, nenhuma pessoa próxima a Miguel, seja da família ou morador do mesmo condomínio, apresentou sintomas da doença até o momento.

"Qualquer pessoa que apresente os sintomas: dor de cabeça, febre, manchas pelo corpo e principalmente as erupções deve procurar as unidades de saúde e terão o tratamento adequado", disse o secretário.

Para a superintendente em Vigilância de Saúde da pasta, Flúvia Amorim, o diagnóstico da doença em crianças acende um alerta nas escolas.

"Se aparece um caso em uma escola, essa escola precisa notificar o serviço epidemiológico para que haja um rastreamento dos possíveis contatos desse caso", detalha Flúvia.

No entanto, ela ressalta que só há a necessidade de isolamento para o caso da apresentação de sintomas. Casos suspeitos precisam fazer isolamento de 21 dias.

Já a infectologista Christiane Kobal explica que crianças e idosos possuem maior chance de complicações com a doença. No entanto, afirma que não é necessário ter pânico com a doença, uma vez que sua transmissão não é tão rápida.

"Nós medicos temos que estudar a doenca, comunicar a população sobre como se transmite, como prevenir, mas sem pânico. Não é uma transmissão tão fácil como em outras viroses que nos temos por aí", disse.

 
Varíola dos macacos em Goiás

Goiás aumentou para 121 os casos confirmados de varíola dos macacos, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (17) em um boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). A secretaria informou que 119 pacientes são homens e apenas dois são mulheres. Quanto à faixa etária, os diagnosticados com a doença vão de 9 a 64 anos.

A secretaria já descartou 113 casos investigados e ainda apura outros 286 pacientes que estão com a suspeita da doença. Até o momento, foram confirmados casos nas seguintes cidades:

Águas Lindas de Goiás: 1;

Anápolis: 1;

Aparecida de Goiânia: 13;

Bom Jesus de Goiás: 1;

Cidade Ocidental: 2;

Goiânia: 95;

Inhumas: 1;

Itaberaí: 1;

Luziânia: 2;

Planaltina: 1;

Senador Canedo: 1;

Valparaíso de Goiás: 2.

 

Sintomas

febre

dor de cabeça

dores musculares

dor nas costas

gânglios (linfonodos) inchados

calafrios

exaustão

 
 
Transmissão

A transmissão da varíola dos macacos pode ocorrer:

Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.

De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.

Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;

Da mãe para o feto através da placenta;

Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;

Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

 

Fonte: G1

 

 

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