Casas de luxo construídas às margens de lago começam a ser demolidas após Justiça pedir reintegração de posse - Goiás-GO

Foto/Divulgação

Goiás
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Parte de quatro propriedades, que ficam em Três Ranchos, são da Companhia Energética de Minas Gerais, segundo decisão. Donos das casas alegam que não foram notificados, mas empresa diz que tentou acordo amigável.

Quatro casas de luxo que foram construídas às margens do Lago Azul, em Três Ranchos, no sudeste goiano, começaram a ser demolidas após uma decisão da Justiça de Goiás. No documento, que é de 2018, um juiz pediu pela reintegração de posse da área, que é da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). No entanto, os donos das casas alegam que não foram notificados da decisão.

Em nota, a Cemig disse que as construções são irregulares e que, além de provocar danos ambientais e ao patrimônio da concessionária, também sujeitam o invasor e seus familiares ao risco de inundação das áreas invadidas. Sobre a reclamação dos donos das casas de que não foram notificados, a Cemig disse que, antes de acionar a Justiça, esgotou todas as possibilidades de acordo amigáveis.

As demolições começaram na segunda-feira (24). Em uma das residências, a piscina foi demolida e, em outra, sobrou apenas um amontoado de restos de materiais de construção.

Na tarde desta quinta-feira, os donos das propriedades e advogados da Cemig discutiram, em uma reunião, sobre a decisão judicial, de 2018, que determinou a reintegração de posse de parte das quatro casas. No documento, o magistrado ped que a reintegração aconteça em caráter definitivo.

As casas ficam em condomínios fechados, às margens do Lago Azul, que fica na divisa de Goiás com Minas Gerais. O lago foi formado a partir da construção da Usina Hidrelétrica de Emborcação, que fica do lado mineiro e é de responsabilidade da Cemig.

As casas, que são de alto padrão, são utilizadas para lazer dos donos e também para aluguel por temporada. Na ação judicial, a companhia alegou que essas áreas de lazer foram construídas de forma irregular, o que pode provocar danos ambientais e ao patrimônio da concessionaria de energia.

Os moradores, que alegam que não foram comunicados formalmente da decisão, não quiseram gravar entrevista, mas afirmaram que não receberam visita de nenhum oficial da Justiça e que, portanto, a Cemig teria invadido as propriedades para demolir.

Todas as partes envolvidas foram ouvidas, nesta tarde, na delegacia de Três Ranchos. O delegado que acompanhou os depoimentos disse que a conversa foi apenas para tentar gerenciar a crise causada pela decisão judicial.

 

Fonte: G1

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