Corpo de homem morto após colocar facetas nos dentes deve ser exumado - Goiânia-GO

Foto/Divulgação

Goiás
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Segundo a PCGO, causa morte deve ser apurada após a exumação do corpo. Marido denuncia que vítima morreu após infecção causada por facetas.

O corpo do funcionário público Luiz Carlos das Dores, de 56 anos, que morreu após colocar facetas dentárias deve ser exumado, de acordo com a Polícia Civil de Goiás. O marido dele, Benedito Antônio denuncia que houve negligência no procedimento com o paciente, já que ele possuía problemas anteriores que eram impeditivos para o tratamento.

Conforme denúncia do marido de Luiz Carlos, a vítima fez o procedimento dentário no último mês de junho, na capital goiana. No entanto, enfrentou vários problemas em decorrência das próteses por cerca de um mês, até que chegou a uma unidade de terapia intensiva (UTI), no dia 8 de agosto e acabou falecendo 10 dias depois.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Bruno Henrique Soares, um lado deve ser produzido pelo Instituto Médico Legal (IML), após a exumação, para elucidar a causa morte.

“Temos que apurar as circunstâncias dessa morte. Vamos solicitar um exame pericial para saber se o procedimento cirúrgico odontológico que foi feita na vítima tem relação com a causa da morte”, disse Soares 

 

Óbito

Conforme explicação do investigador, a necessidade da exumação do corpo se justifica pela certidão de óbito não apontar relação da morte de Luiz Carlos com o procedimento odontológico realizado com a dentista Jamilly Flexa. “Só poderemos falar com mais propriedade depois do laudo pericial”, ressaltou o delegado.

Segundo a corporação, além da dentista, outras testemunhas devem ser ouvidas no caso. A estimativa da polícia é que o inquérito seja finalizado em cerca de 30 dias. O Conselho Regional de Odontologia também investiga a situação.

Anteriormente, a dentista Jamilly Flexa disse que se solidariza com a família de Luiz e que, até a tarde de terça-feira (6/9), não havia sido notificada oficialmente de qualquer denúncia. Em nota publicada nas redes sociais, disse também que não houve negligência com o paciente, que estaria tomando todas as providências cabíveis e que as acusações estão difamando a imagem dela. Porém, a postagem foi apagada.

 

Problemas pré-existentes

De acordo com o esposo de Luiz, Benedito Antônio Nascimento, o funcionário público conheceu o trabalho da dentista Jamilly Flexa por meio das redes sociais e decidiu fazer o tratamento com ela. Porém, segundo ele, exames de raio-x realizados pela vítima apontaram que ele tinha uma doença de perda óssea. Uma profissional, que orientou a família da vítima, afirmou que o problema impossibilitava o procedimento.

“No dia 27 de junho ele já estava com as facetas. Dias depois, começou a ter dores. Passou muito mal no começo de agosto. Teve inchaço em um dos dentes e uma íngua. A dentista o avaliou, mas disse que ele não tinha nada”, contou Benedito à TV Anhanguera.

Segundo o marido, depois do inchaço, Luiz teve falta de ar, queda na saturação e de pressão, além da dor no dente. Ele foi internado em um hospital e, logo, transferido para a UTI de outra unidade de saúde. “No dia 8 de agosto, ele foi para o hospital, onde morreu. No atestado de óbito, consta que ele teve choque séptico. A única infecção que ele teve no corpo foi no dente”, acrescentou o marido.

Ainda conforme Benedito, pelo fato do marido já estar com problemas nos dentes, os valores do procedimento não foram pagos na totalidade. A família afirma que quer saber por que a colocação das facetas foi realizada, mesmo com o impeditivo do paciente.

 

Fonte: Metrópoles 

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