Chefe do setor de identificação da Polícia Civil é fuzilado no litoral - São Paulo

Foto/Divulgação

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Agente, que comandava em Santos os papiloscopistas, policiais especializados em impressões digitais, só foi identificado pelo uso da técnica com a qual atuava.

O corpo que foi achado na segunda-feira (22) em Santos, no litoral de São Paulo, e que foi alvo de um fuzilamento com 40 tiros era de Marcelo Gonçalves Cassola, chefe do setor de identificação da Polícia Civil na cidade.

O homem que comandava os papiloscopistas, policiais especializados em impressões digitais, só foi identificado pelo uso da técnica com a qual atuava, uma vez que o corpo estava repleto de ferimentos. 

A vítima foi encontrada por policiais na avenida Francisco Ferreira Canto, no bairro da Caneleira. Ele foi colocado diante de um muro e alvejado por uma arma de 9 milímetros e um fuzil. As cápsulas estavam nas proximidades do corpo. A maior parte dos disparos atingiu a vítima, enquanto outras balas foram encontradas na parede.

A morte foi a 18ª suspeita em cerca de dois meses na região da Baixada Santista, que vive uma onda de crimes. Parte das vítimas foi encontrada em locais públicos com mãos e pés amarrados. Só os atentados contra agentes e ex-agentes de segurança pública somam 11 casos.

 
 
Investigação

A polícia investiga se as mortes seriam obra da facção criminosa PCC e se representam um acerto de contas. Nos últimos dias, policiais entraram em comunidades de Santos e São Vicente em busca de suspeitos. Um homem foi preso e confessou o envolvimento na morte do policial militar reformado Pinheiro Correa, em julho.

 

Também ligado à área da segurança pública, o ex-policial penal Edson Silva Oliveira, de 53 anos, foi encontrado morto em Cubatão na sexta-feira (19), debaixo de uma ponte. No mesmo dia, outros três corpos foram localizados na Baixada Santista: um em Santos, um em Peruíbe e o terceiro no Guarujá.

Um dia antes, um homem e uma mulher foram executados, e os corpos, deixados às margens de uma rodovia. A poucos metros desse ponto, outra mulher levou dez tiros e sobreviveu.

 
Campainha

Outra vítima da onda de assassinatos foi o agente penitenciário Ronaldo Soares dos Santos, executado a tiros ao atender a campainha da própria casa. Ele trabalhava no Centro de Detenção Provisória da Praia Grande.

Além das mortes, há casos de desaparecidos. O guarda municipal André Ferreira Santos, de 46 anos, foi levado por oito bandidos de dentro da casa dele e não foi mais encontrado.

Os supostos acertos de contas ocorrem na Baixada Santista, região dominada pelo PCC e local por onde a maior facção criminosa do país exporta cocaína para outros continentes, por meio do Porto de Santos. A guerra parece ter sido declarada.

 

Fonte: R7

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