Pai da recém-nascida procurou pessoalmente a unidade prisional para pedir ajuda. Mãe e filha foram levadas ao hospital e passam bem
Dois vigilantes penitenciários temporários ajudaram em um parto de emergência em uma comunidade ao lado da Unidade Prisional Regional de Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. André Luiz, de 28 anos, é um dos profissionais e relata que o pai da menina procurou ajuda pessoalmente, após chamar os serviços de emergência.
“A bolsa tinha estourado e o pai nos pediu socorro para levá-los ao hospital, mas quando chegamos à casa, a cabeça da bebê já estava saindo. Nós temos conhecimentos básicos e cursos que nos ajudaram”, explica André.
O parto aconteceu na última terça-feira (22), quando os servidores estavam saindo do plantão. Segundo os servidores, a mãe, a dona de casa Ana Paula Correia, e a menina, foram encaminhadas ao Hospital Regional de Santa Maria assim que chegou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e estão bem.
Aos servidores, a família relatou que não tem aparelho de celular e uma vizinha os ajudaram a acionar o Samu e o Corpo de Bombeiros. No entanto, por conta da demora, recorreram à unidade prisional.
Márcio Mariano, servidor que também ajudou no parto, revela que, por não ter o item necessário, improvisou com uma corda para amarrar o cordão umbilical antes de cortar. Os vigilantes explicaram que precisaram cortar, pois a mulher sentia muita dor.
O casal contou aos vigilantes que antes da menina, Ana Paula sofreu dois abortos e eles perderam outra bebê com apenas dois meses, engasgada. Os vigilantes comemoraram a ajuda no momento tão importante da recém-nascida.
“Foi gratificante ter ajudado nesse nascimento, porque a bebê poderia nem ter sobrevivido. O pai estava desesperado chorando e a mãe gritando muito”, relata.
Fonte: G1
